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Surgem como uma mancha, massa ou ferida. Todos os anos são diagnosticados 1500 casos de cancro oral

10 Abril 2017

Em Portugal são diagnosticados, anualmente, cerca de 1500 novos casos de cancro oral. Estes tumores são mais frequentes nos homens com idade superior a 45 anos.

O cancro oral é o conjunto de tumores malignos que afeta qualquer tecido da cavidade oral (dos lábios à faringe, incluindo a gengiva, o palato ou as amígdalas), sendo a sua localização mais comum no pavimento da boca e na língua. “Estes carcinomas podem manifestar-se como uma mancha, geralmente branca ou avermelhada, uma massa endurecida ou uma ferida persistente que não cicatriza, sendo maioritariamente assintomáticos na fase inicial, tornando-se progressivamente dolorosos”, alerta o Professor João Caramês.

“Outros sintomas incluem a dificuldade em engolir, alterações na sensibilidade e nódulos linfáticos aumentados no pescoço”, acrescenta.

A adoção de um estilo de vida saudável, que permita a redução dos fatores de risco é o principal método de prevenção do cancro oral. O tabagismo e o consumo de álcool estão entre as principais causas do desenvolvimento do cancro oral. “O médico dentista, pelo contacto regular com os seus pacientes, encontra-se numa posição privilegiada para contribuir para a prevenção e diagnóstico precoce destes tumores malignos”, adianta o também professor catedrático na Universidade de Lisboa.

A grande maioria dos casos de cancro oral pode ser diagnosticada numa fase muito precoce, melhorando significativamente o prognóstico da doença. Nos estádios mais avançados de cancro oral, as taxas de mortalidade ultrapassam os 60%, mas quando diagnosticado precocemente, a percentagem de sobrevivência ao fim de 5 anos pode atingir os 90%.